O setor gastronômico sofre com o “Turnover” dos colaboradores, ou seja, com a alta rotatividade de pessoal. O que traz diversos problemas, como desperdício de capital financeiro e intelectual, assim como desgaste dos colaboradores. Isso se dá por diversos motivos, a procura por melhores oportunidades, benefícios, desvalorização, dentre outros.
Devido à sazonalidade e alto volume de trabalho, o setor atrai uma força de trabalho muito jovem. Muitos desses colaboradores estão passando pelas suas primeiras experiências de trabalho e têm como foco principal os estudos e a educação. Por isso, suas perspectivas são focadas nas áreas em que eles pretendem atuar futuramente, deixando o emprego de lado por uma oportunidade de estágio ou trainee que apareça.
Para se ter uma ideia de quão grande é esse Turnover, segundo uma pesquisa da National Restaurant Association, a taxa média de rotatividade de pessoal nos restaurantes foi de 73% no ano de 2017. A pesquisa ainda aponta que a maior rotatividade se dá entre os colaboradores que atuam na linha de frente do serviço. Mais assustadora ainda é a taxa do Turnover nos restaurantes fast-foods, onde a rotatividade chega em 150%.
Esse Turnover no setor traz problemas na “retenção de talentos”, e diminui a produtividade pois os treinamentos são constantes, sobrecarregando os colaboradores que, além de apoiar o novo funcionário no treinamento, ainda precisam compensar o trabalho dos que saíram, gerando assim um ciclo de insatisfação no ambiente de trabalho. Além disso, trabalhar com gastronomia é um serviço com um alto nível de exigência e com salários baixos, o que acarreta desgaste e insatisfação dos colaboradores.
Com uma alta taxa de rotatividade, você perde muito tempo e dinheiro com demissões e contratações, desperdiçando assim recursos financeiros por meio de processos seletivos e treinamentos. Além disso, os processos de demissão e contratação são caros e burocráticos. Dessa forma você não tem tempo, nem recursos, para investir em melhorias no seu estabelecimento.
O primeiro passo para você contornar esse problema é procurar entender quais são as causas da alta taxa de rotatividade. Os problemas mais comuns que atingem os restaurantes são: Mau relacionamento com os gerentes; a busca por salários melhores e mais benefícios; problemas na comunicação; planos de carreira indefinidos dentro da empresa; e desvalorização da força de trabalho.
Ter um RH qualificado pode ser um ótimo diferencial para minimizar as demissões e administrar a insatisfação dos colaboradores. É muito importante procurar entender o motivo do desligamento. Sendo assim, é essencial elaborar uma ficha de desligamento ou até mesmo realizar uma entrevista para entender o porquê da insatisfação daquele colaborador e o que o seu restaurante pode fazer para melhorar o ambiente de trabalho.
Dessa forma, juntamente com o RH, deve-se fazer uma melhor gestão intelectual e de capital, focando no desenvolvimento e qualidade de vida dos seus colaboradores. Com essas medidas, e um processo seletivo mais organizado, você consegue abaixar gradualmente a taxa de “rotatividade de pessoal” do seu estabelecimento.
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